top of page

corpo
presente

Fotolivro selecionado destaque do ano no Festival ZUM 2019 do Instituto Moreira Salles, parte do acervo da Biblioteca Mário de Andrade e da biblioteca do IMS-SP.  Curadoria de Guilherme Teixeira, pesquisa de Carminda André e design de Estúdio Margem. clique para ver o vídeo do livro.

flecha.png
D_000332490031.jpg
000361680025.jpg
búzio.png
02_edited.png
000396390024.jpg
000402210018.jpg
B_000337340001.jpg
AD_000332490014.jpg
01.png

25x19cm, 80 páginas, tiragem de 200, São Paulo, 2019

"O fotolivro apresenta imagens de protestos, mas esta não é uma frase que resolve o livro. O que vemos são registros de atos políticos. Não apenas aqueles convencionais, com cartazes nas ruas, mas também de festas e outros eventos. Em comum, todos propõem um embate físico com forças repressoras das mais diversas instâncias.

​

Embora a maioria das imagens seja dos corpos vulneráveis dos insurgentes, são as fotos dos policiais que mais saltam à vista. A primeira imagem do livro mostra um policial não identificado segurando uma escopeta. Na sequência, um deles porta uma câmera de vídeo e aponta para os manifestantes. Quase no fim, um policial com caneleiras segura um enorme escudo retangular enquanto avança na direção do fotógrafo.

​

As últimas páginas trazem fotografias do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no Largo do Paissandu em 2018.  O livro, impresso em risografia, está dividido em cinco capítulos que, embora não pareçam indicar qualquer ordem cronológica, contam uma parte importante da história de uma São Paulo às vésperas de uma nova década, habitada por corpos que resistem mesmo quando as ruínas do Estado desabam sobre cabeças e calçadas."

revista ZUM

D_000332490037.jpg
búzio.png
B_000353690005.jpg
B_000337330001.jpg
B_000336150011.jpg
C_000741350028.jpg
C_000741350010.jpg
C_000741350011.jpg
C_000372920025.jpg
D_000332490018.jpg
C_000741550025.jpg
B_000361680011.jpg
000396390023.jpg
08_edited.png
flecha.png
D_000332490034.jpg
D_000332490026.jpg
D_000332490015.jpg
AB_000337330031.jpg
000398200024.jpg
04_edited.png
AC_000372920026.jpg
000397640009.jpg
DC_000327410023.jpg
DC_000353680002.jpg

(Fiz essa imagem num dia solar em dezembro de 2017, esse prédio costumava atravessar minhas caminhadas pelo centro. 146 famílias do Movimento Luta por Moradia Digna (LMD) moravam no edifício de 24 andares. De certa forma, me atraía ver aquela torre modernista, com sua arquitetura violenta de ferro e vidro, transformada numa ocupação de pessoas abandonadas pela sociedade, viviam naqueles cubos com seus colchões e suas “salas” às vistas na fachada-vitrine.

Esse prédio transparecia a realidade e nos fazia enxergar essas pessoas que invisibilizamos. Aquelas letras gigantes desenhadas no vidro gritavam para gente. Penso nos pixos como um gesto humano pra aliviar a dureza do concreto, uma vontade de deixar uma marca na cidade. Vejo um gesto e um corpx em cada letra pixada nas ruas e construções.

Esse corpo-prédio não está mais de pé, mas sobrevive como um símbolo do movimento por moradia no centro de São Paulo.

 O edifício, que ficava no Largo do Paissandu, desabou na madrugada do dia 1º de maio de 2018, quatro pessoas morreram.)

C_000361720005.jpg
búzio.png
bottom of page